domingo, 7 de fevereiro de 2010

Projecto LuzBoa 2006


Circuito vermelho - Jardim do Príncipe Real
Este quarteirão da cidade reflecte o espírito de grandeza mas também de alguma megalomania dos portugueses, aliado à dificuldade de concretização e à ausência de um plano definido por objectivos. O espaço começou por se encontrar destinado à construção de um dos maiores palácios da cidade de Lisboa, o Palácio dos Condes de Arouca. Não passou das fundações: a obra era demasiado cara. Com o terramoto de 1755, este projecto foi definitivamente abandonado e viria o Marquês de Pombal sugerir que daquele espaço de escombros nascesse a Sé Patriarcal de Lisboa. Alguns anos após o início da sua construção, um terrível incêndio destruiu por completo a obra. O povo passa a desconfiar dos destinos a dar à zona, e aproveita para ali colocar porcos e outros animais, transformando-a num mercado. Posteriormente abandonado pela elevada insalubridade que provocava nos bairros circundantes, D. Maria ordena finalmente a sua passagem a Jardim, dando-lhe o título de seu filho, Príncipe Real. Mais tarde, o seu nome passaria a estar definitivamente associado a este pedaço de cidade: D. Pedro V
. Via.



(...) reflecte o pulsar de um coração que é de alguma forma o da própria cidade, este coração lisboeta, atormentado e perdido, ora em delírio de felicidade imune a todos os tormentos, ora despedaçado e desiludido, entregando-se a cuidados alheios.


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