Aquando da chamada "requalificação", em 2009, foram abatidas todas as belíssimas Robínias existentes no interior do jardim:
Como se oberva nestas imagens, o facto de as Robíneas apresentarem aspectos "decrépitos", com troncos rugosos, isso nada tem a ver com a sua resistência mecânica.
tendo sido salvas,
in extremis, graças à intervenção de um grupo de cidadãos, quatro delas situadas, uma no canto SW do alinhamento do jardim, e três nas placas, então ajardinadas, da orla Oeste da praça.
Pretende agora a CML e a Junta de Freguesia da Misericórdia, sob o pretexto de que estão "
decrépitas, com podas em regressão e cavidades em algumas ramificações" abater duas dessas quatro restantes Robínias:
Estarem
ou não decrépitas não pode ser uma adjectivação baseada num mero olhar
cujo valor dependerá da apreciação estética que o sujeito faz do que
observa. Para nós o facto de as Robínias em questão apresentarem um
aspecto rugoso não as torna menos belas nem tampouco decrépitas.
As
Robínias são árvores cuja beleza na época da florescência é admirável.
O facto de a copa se apresentar pouco densa e apresentarem cavidades em algumas ramificações, deve-se, antes de mais, a podas mal feitas e sem critério, que tem sido realizadas ao longo dos anos.
Acrditamos que estas duas Robínias merecem ser
diagnosticadas por uma entidade credenciada para o efeito como o
Laboratório de Patologia Vegetal “Veríssimo de Almeida”. Só depois de
uma análise bem fundamentada sobre o estado fitossanitário destas duas
árvores se deveria tomar uma decisão sobre o seu eventual abate e nunca
antes.
Na troca de correspondência que efectuamos com a JFM, antes de publicarmos esta nota, foi-nos referido que "
Em termos mecânicos, as
árvores desta mesma geração existentes neste alinhamento têm sofrido
perda espontânea de pernadas, sendo que recentemente dois exemplares
colapsaram na via pública, felizmente sem causar maiores danos a pessoas
e bens."
Tal afirmação não corresponde à verdade pois a árvore, neste alinhamento, que caiu recentemente não é uma Robínia:
A Ailanto que foi derrubada pela tempestade "Ana".
mas sim uma Ailanthus altissima, vulgo Árvore-do-céu, Ailanto ou Espanta-lobos. E não estamos a ver qual seja o 2º exemplar referido. Aliás as Robínias são árvores extremamente resistentes, a sua madeira é muitíssimo apreciada, não havendo memória de queda por ruptura mecânica de nenhuma delas.
Assim sendo solicitamos à JFM que, de acordo com o citado despacho 60/P/2012, requeira os serviços
de uma entidade credenciada, como a acima referida, para verificação do
estado das duas Robínias que pretende abater antes de se precipitar numa decisão
irreparável.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFI0Y0YopVYkjYz4soOoJU5N4f9bOTjPTKxHM71x6YcAxfhWMYAyfyIDTtwhpny1N7-RgAIoxs7kAL3bvZtweEqPUthJ0J6srqq0FtkH_-a-mcZCBrwFeghiAZrX6aIQh0hKlBiYiz670/s400/IMG_20180107_114730422.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5upwPM1capbiwOFjyeUGLY_Nejqf2oSSpwIiZODPgJCnboxo2zpYCI9dRj-EAC6m7aSgwai7wXPP1vZH_qz0W8O8EatBDLTBRfGYwKglJGeyslke7ADfVnaZKWbU2RxGvd2hHFeVTUUY/s400/IMG_20180107_115022747.jpg)
Fotos de Inverno das duas Robínias que a JFM pretende abater
Por último: os antigos que idealizarem este jardim, enriqueceram-no com uma grande diversidade de espécies. Era bom que se mantivesse esse acquis e não se transformasse este jardim numa monocultura de Celtis Australis, vulgo Lódãos.