A CML anunciou no seu sítio electrónico uma reunião
descentralizada a ter lugar no Centro Cultural Doutor Magalhães Lima, Rua do Salvador nº2:
tendo como
ponto único na Ordem de Trabalhos a “Audição dos “Munícipes”.
Destinando-se a reunião preferencialmente aos munícipes das Freguesias
de
Santo António, Misericórdia e Santa Maria Maior, estando abertas as
inscrições a partir do dia 24 do passado mês de Janeiro e limitadas a 20
inscrições, sendo necessário pré-anunciar os assuntos sobre os quais se
quer falar.
Inscrevi-me telefonicamente no dia 25 informando que iria abordar
assuntos relacionados com o estacionamento e com o Jardim França Borges
ao Príncipe Real.
Nada me foi dito sobre se o nº clausus das inscrições já teria sido
atingido ou não. Nos dias seguintes recebi duas chamadas da CML
inquirindo concretamente, a primeira, sobre que questões iria colocar
relativas ao estacionamento. Concretamente, i.e., exactamente que
queixas é que iria apresentar relativas ao estacionamento na zona. A
segunda chamada, há três dias atrás, a mesma coisa mas agora sobre o
Jardim: que queixas, concretamente, iria apresentar sobre o estado do
jardim.
Estranhei que a CML obrigasse um cidadão que se quer participativo a
enunciar, caso a caso, as queixas a apresentar, mas logo percebi que se
tratava de um jogo viciado que iria permitir aos responsáveis dos
serviços fazerem boa figura preparando-se a tempo sobre as respostas a
darem.
Mas tudo bem, vamos a jogo, mesmo sabendo-o viciado à partida.
Vamos a jogo? Não, não vais. Ontem à tarde mais uma chamada da CML:
lamentamos imenso mas temos de informar que não poderá intervir na
reunião do próximo dia 5. Já excedemos as 20 inscrições e temos de dar
prioridade a quem se inscreveu primeiro e, além disso, já há outras
pessoas a falar nos assuntos que iria abordar. Mas não se preocupe: pode
assistir à mesma à reunião.
Questão mais do que pertinente: a CML só ontem, dia 31 de Janeiro, é que
se deu ao trabalho de verificar quantos cidadãos já se tinham inscrito
para a reunião? E durante toda a semana que decorreu de 24 a 31 andou a
massacrar com inquéritos inquisitoriais quem se inscreveu sabendo, ou
devendo saber, que já não poderiam usar da palavra! Ou haverá aqui um
outro critério escondido com rabo de fora?