Um
dos mais graves erros de que enfermou a 'requalificação' do Jardim
França Borges, vulgo Jardim do Príncipe Real, foi a escolha do seu
novo piso. Como previmos e alertamos atempadamente essa foi uma
péssima escolha. O pó que produz, e o vidro moído é um dos
materiais que este piso contém, é o mais grave dos problemas que o
presente piso apresenta, mas não é o único. Logo pouco após a
inauguração das obras de 'requalificação', do Jardim em Maio de
2010, um abaixo assinado que recolheu mais de 300 assinaturas de
cidadãos utentes do Jardim exigiu a substituição desse piso, sem
resposta e sem sucesso. Um ano depois, face ao crescente desagrado e
desconforto provocado pelo piso a pessoas, plantas e animais a tutela
levou a cabo uma tentativa
de eliminar o pó 'regando' o piso com uma solução química
agregadora da camada superficial do piso, ver imagem abaixo. Mas essa
solução, bastante dispendiosa, não resistiria senão poucos meses
ao natural uso do piso pelos passeantes.
Surge
agora no sítio da CML dedicado ao Orçamento Participativo, OP, a
repavimentação do Jardim como uma das escolhas dos cidadãos para
as obras a realizar no âmbito desse OP.
Ora,
louvando embora a atitude dos cidadãos que, preocupados com a
péssima qualidade do piso do Jardim, e aproveitando o evento da
'Árvore
da Participação' (ver imagem) propõem a sua substituição por
outro tipo de piso mais adequado à sua função, não podemos deixar
de denunciar a atitude hipócrita da vereação dos espaços verdes e
ao colocar à votação pública essa proposta sem assumir a sua
enorme e exclusiva responsabilidade no caso.
Na
realidade a escolha deste piso foi uma escolha política e pessoal do
actual titular da pasta, o vereador José Sá Fernandes, contra o
parecer dos próprios técnicos que tutela.
Já
aquando da solução acima referida da cola agregadora a tutela agiu
como se nenhuma responsabilidade tivesse tido no caso, dando a
entender que estaria a tentar resolver um problema que outros, que
não ela, tinham criado.
Ora
o facto é que a tutela dos espaços verdes da CML é a única e
exclusiva responsável pela teimosia na escolha do piso do Jardim,
que agora, hipocritamente, permite vir a ser repavimentado no âmbito
do OP.
Não
podemos aceitar isso de modo nenhum. Exigimos que a CML assuma as
suas responsabilidades no caso e efectue a repavimentação do piso
do Jardim, mas não em detrimento de outros projectos que o limitado
OP venha a financiar, mas sim a expensas do orçamento próprio
atribuído ao departamento dos espaços verdes.
É
caso também para indagar porque é que a vereação dos espaços
verdes não exige do empreiteiro a assunção das suas falhas e
reparação das mesmas, caso entenda, como se depreende das suas
tomadas de posição públicas, que a escolha do tipo de piso foi a
correcta e adequada e todos os problemas que têm surgido se devem a
uma defeituosa execução do piso.
'Os
Amigos do Príncipe Real'
'Estamos a Trabalhar para Eliminar as Poeiras'!
A 'Árvore da Participação'
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