domingo, 30 de outubro de 2016

Petição pela Avenida da Liberdade.


- Considerando que a Avenida da Liberdade constitui parte fundamental da Estrutura Ecológica de Lisboa, por promover a ligação entre a Baixa e o Parque Eduardo VII que, por sua vez, faz a ligação a Monsanto, constituindo o Corredor Verde de Monsanto;
- Considerando o valor histórico e paisagístico da Avenida da Liberdade, único no conjunto das grandes avenidas da capital, pela diversidade e qualidade do seu maciço arbóreo, nomeadamente;
· Pela maior e uma das melhores colecções de palmeiras de Lisboa, por um dos melhores e mais frondosos conjuntos de plátanos e pela presença de vários exemplares de espécies exóticas;
· Pela presença de várias fontes e lagos, de placas ajardinadas e de variada estatuária, que reforçam o inegável carácter de uma artéria sem paralelo em Lisboa;

- Considerando, ainda;
· A evidente inexistência de manutenção do coberto arbóreo por parte da entidade (Junta de Freguesia) a quem compete essa tarefa desde a recente transferência de competências (exemplos recentes são as dezenas de árvores juvenis mortas por falta de rega, as caldeiras por preencher, etc.), colocando em risco, inclusive, as invulgares colecções botânicas que existem na Avenida;
· A destruição completa de todas as placas ajardinadas, o abandono de fontes e lagos, a insuficiente varredura e pior recolha de lixo;
· A inexistência de informação técnica e histórica no local;
· A inexistência de qualquer plano de intervenção urgente por parte da actual tutela, e, portanto, uma comprovada incapacidade da mesma em gerir, manter e valorizar um dos espaços verdes mais representativos de Lisboa, do que resulta uma péssima imagem de confrangedora degradação e incúria, contrastando com a forte aposta que a CML e os vários agentes culturais e económicos locais têm desenvolvido na projecção da Avenida da Liberdade aquém e além-fronteiras,

Os abaixo assinados solicitam à CML, na figura do seu Presidente e restante Vereação:

1. A atribuição do estatuto de “estruturante” a toda a Avenida da Liberdade, reintegrando-a como peça fundamental do Corredor Verde idealizado por Gonçalo Ribeiro Telles.

2. O retorno imediato para a Câmara Municipal de Lisboa da gestão e manutenção do conjunto arbóreo, espaço público, espaços verdes e mobiliário urbano da Avenida da Liberdade.

Lisboa, 26 de Outubro de 2016
Se concorda com o teor e objectivo desta petição pode subscrevê-la   AQUI

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Atentado ambiental ao Campo Grande



Estas e mais 20 árvores estão a ser abatidas ao Campo Grande, em frente ao edifício da Câmara. Justificação: abrir novas vias para descongestionar o trânsito!
Esta cidade anda ao arrepio do que deve ser feito. Em vez de condicionar o trânsito tenta-se descongestioná-lo à custa da degradação ambiental. Nota negativa, muito negativa para a Câmara Municipal de Lisboa.

Segunda-feira, dia 24, das 8h às 9h: cordão humano para protestar contra este atentado ambiental



quarta-feira, 19 de outubro de 2016

O "Cedro do Buçaco" é, uma vez mais, vítima de um incêndio.


Na noite de 9 para 10 do corrente mês de Outubro desconhecidos pegaram fogo ao "Cedro do Buçaco" deixando-o no estado que as fotos documentam:







Carbonizado!

Este é o 3º destes episódios em que irresponsáveis se instalam no cimo da árvore e aí, por obscuras razões, produzem um fogo que se descontrola propagando-se à árvore. Este caso é o mais grave de todos os outros e, não fora a pronta intervenção dos bombeiros, poderíamos hoje estar a chorar sobre as cinzas da maravilhosa árvore.
Porque se repetem estes episódios? Porque se observa tal falta de respeito para com as árvores do nosso jardim?
Muitas causas se podem apontar para estes comportamentos da mais grave incivilidade por parte de certas camadas de utentes do jardim, mas estamos convictos que a permissividade com que os responsáveis pelo jardim - anteriormente a própria Câmara e agora a Junta de Freguesia da Misericórdia - tem tratado estes fenómenos, não os combatendo e, antes pelo contrário, dando sinais errados que, objectivamente, promovem este tipo de comportamentos, como a retirada das protecções dos canteiros e das árvores, tem aqui uma grande quota parte de responsabilidade.
Não é por mero acaso que durante a já longa vida deste singular exemplar nunca tão tristes episódios tenham ocorrido, e agora, num tão curto espaço de poucos anos se verifiquem três, repetimos três, destes gravíssimos casos que colocam o "Cedro do Buçaco" à beira da destruição por incêndio.
Antes que um mal maior aconteça exigimos que a Junta e o ICNF, que tutela as árvores classificadas do Jardim, tomem as medidas que se impõem para a preservação do património arbóreo do nosso jardim.