quinta-feira, 28 de outubro de 2010

As três Palmeiras.

As três palmeiras existentes na orla norte da Praça do Príncipe Real são um dos ex-libris da praça e do jardim.

As três plameiras.

Com uma idade seguramente superior a 60 anos tem-se mantido esbeltas e saudáveis, apesar de há anos não receberem quaisquer cuidados, antes pelo contrário.

A semana passada aconteceu, porém, uma aparatosa queda de ramos na terceira palmeira, a contar da esquerda na foto supra,


e essa queda de ramos não pressagia nada de bom.

Será que o facto de os canteiros onde elas se encontravam ter sido calcetado com intervenção de maquinaria pesada e remoção de terras nada terá a ver com o agora sucedido?



Máquina de rastos usada na remoção das terras para preparar o calcetamento.

O calcetamento efectuado rente à base das palmeiras também não contribui em nada para a boa saúde das mesmas:

Calcetamento rente à base das plameiras.

Aqui fica o aviso feito para que os serviços competentes averigúem o que se está a passar com estas palmeiras, antes que seja tarde demais.
E já agora promovam a remoção dos ramos caídos que por lá permanecem há mais de uma semana.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A Ratoeira.


Os ladeirões do Príncipe Real estão a ser uma autêntica ratoeira para os incautos automobilistas.

Os Ladeirões do Príncipe Real.

Em primeiro lugar não existem sinais de estacionamento proibido quer na entrada na rua Cecílio de Sousa, quer na entrada pela praça do Príncipe Real:

Entrada pela Rua Cecílio de Sousa.

Entrada pela Praça do Príncipe Real.

Em segundo lugar porque a descricionaridade da actuação da Polícia Municipal (PM) é total.
Ora multa, ora não multa:

À noite, principalmente nas noites de fim-de-semana, não há multas.

mas durante o dia estacionar nos Ladeirões é um risco, um totoloto!
(dia 25 pelas 18h)

À noite é mais seguro: este estacionou ontem à noite exactamente onde o outro foi multado.
(dia 25 pelas 21h)

Ora multa por estar em cima do passeio, ora por estar fora dele:



Durante décadas estacionou-se nos Ladeirões em cima dos passeios de um lado e do outro. Os carros e as pessoas circulavam pelo meio. Depois, há uns três anos, consta que por uma ambulância não ter podido circular para recolher um doente, a PM começou a actuar multando quem estacionava em cima dos passeios mas permitindo estacionar ao lado do passeio.
Em breve reviram a regra porque o estacionamento fora do passeio quase não permite a passagem de outras viaturas, ver foto acima e seguinte.


Agora, esteja fora esteja em cima, é-se multado sem apelo nem agravo. Sempre? Não!
Nas noites de fim-de-semana as pessoas não adoecem, por isso pode-se estacionar à vontade em ambos os passeios.
E durante as festas das Noites e Dias Claros também se pode estacionar sem problemas. Nunca se viu a PM preocupada com a ocupação selvagem dos Ladeirões. Mas agora acabaram-se as festas e eis que de novo a solícita PM volta a actuar.

É mais do que tempo de quem supervisiona a PM tomar conhecimento destes factos e actuar em conformidade:
1- Coloquem sinais de proibição de estacionamento. Assim quem estacionar fá-lo-á por sua conta e risco;
2- Actuem sistematicamente de dia e de noite, não esquecendo os fins-de-semana. As pessoas também adoecem a uma Sexta-feira e a um Sábado.


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Nova visita guiada ao Jardim França Borges, Príncipe Real

Integrada no Programa Noites Claras - Príncipe Real Live, a Loja de História Natural volta a oferecer uma visita guiada ao Jardim França Borges, Praça do Príncipe Real. A visita é gratuita e irá decorrer no Sábado, 23 de Outubro de 2010. O ponto de encontro é na Loja de História Natural, na Rua do Monte Olivete, 40, às 16.00.

Príncipe Real Live - Noites Claras no Príncipe Real

Dias 21, 22 e 23 de Outubro de 2010 (de 5ª a Sábado) decorre a 4ª edição do Príncipe Real Live - Noites Claras. Esta iniciativa, a que se associam muitos dos lojistas do bairro, irá dinamizar o eixo Rua da Escola Politécnica - Rua D. Pedro V, incluindo o Jardim França Borges. Recitais de canto, exposições, demonstrações várias, jazz, de tudo um pouco e para todas as idades irá decorrer nestes dias.  As lojas terão também horário alargado de abertura, mantendo as portas abertas até às 23h. Eis o programa (clicar nas imagens para as ampliar):


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Moção da Assembleia Municipal de Lisboa.



A Assembleia Municipal de Lisboa (AML) aprovou por maioria, na sua sessão de 21 de Setembro passado, uma moção apresentada pelo grupo municipal do Bloco de Esquerda (BE) onde, após alguns considerandos, se exige à CML que:


1. Exigir ainda à CML que: 
a) Proceda as correcções que são ambiental e socialmente sustentadas e que permitam o pleno usufruto do Jardim Príncipe Real; 
b) Apresente a esta Assembleia a calendarização exacta da execução destas correcções e o relatório final das mesmas pelos serviços camarários competentes; 
d) Em qualqµer futuro projecto de requalificação e/ou intervenção urbanística em geral e no jardim do Príncipe Real em particular, o critério de uma gestão dempcrática do espaço público seja a regra, abrindo o debate publico sobre o mesmo afim de garantir a participação popular e a transparência das decisões. 
2.  Dar a conhecer esta moção à Câmara Municipal de Lisboa, às Assembleias de Freguesias e aos seus moradores onde situa o Jardim Príncipe Real, às organizações ambientalistas e de cidadãos 'mobilizados pela causa e à comunicação social. ". 



Reprodução do ofício enviado à Quercus pela presidente da AML.

Os 'Amigos do Príncipe Real' saúdam e  congratulam-se com a aprovação desta moção mas não deixam de estranhar não terem sido notificados pela AML do teor da mesma apesar de serem um grupo de cidadãos 'mobilizados pela causa', terem estado - e estarem - na linha da frente da contestação a todo o processo de 'requalificação' do Jardim.




sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Deficit.

O nosso jardim, para não destoar do que se passa com o nosso pobre país, também tem vários deficits. O que hoje vamos aqui retratar é o deficit do arvoredo do interior do jardim:


(Clicar na imagem para aumentar)

Além das 6 robínias, à volta do lago, foram abatidas mais 4 árvores - a última das quais, a figueira do canto NE, não estava sequer marcada para abate no plano aprovado - totalizando 10 árvores.


Figueira abatida poucos dias antes da inauguração. Esta árvore não estava no plano de abates.

Contrariamente ao propalado pelo responsável pelos espaços verdes da cidade, que todas as árvores abatidas no interior do jardim seriam substítuidas por outras da mesma espécie*, foram plantados 4 liquidambares à volta do lago, sendo que dois deles estão mortos e bem mortos e um luta desesperadamente pela vida, e replantada um tília que entretanto morreu e viu o seu cadáver já retirado do jardim.

Aqui estava a tília nado-morta.

Um dos liquidambares mortos.

O outro ...

...e o que tenta sobreviver.

Temos assim um deficit de 8,5 árvores no interior do jardim.

A somar a estas falhas há ainda que considerar a morte do ulmeiro na orla Norte e, na ex-zona verde a poente do jardim, a morte e retirada da pequena palmeira.

Seria bom que os responsáveis do Jardim, inspirando-se no objectivo do governo, reduzissem este deficit vegetal do jardim o mais depressa possível.

* Lembram-se? As robínias iam ser substituídas por outras robínias, ao arrepio da lei.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A primeira vítima?

Este ulmeiro está morto ou em vias disso:

Rui Pedro Lérias e os participantes da 2ª visita junto ao ulmeiro moribundo...

...que fica situado na orla Norte do Jardim, mesmo em frente à paragem da Carris.

Mas antes da intervenção aparentava estar de boa saúde:

Foto da orla Norte, meses antes da intervenção, com o ulmeiro enquadrado. (© José Chamusco)

Imagem do Ulmeiro meses antes da intervenção. (Fonte: Google Street View)

Aliás se estivesse já doente não se compreenderia que não tivesse sido marcado para abate pelos competentes serviços da Câmara, pois não é verdade que as árvores abatidas estavam 'todas doentes ou tinham crescido mal' ?

Mas a que se deve então esta inesperada morte?
Não terão tidos estes profundos roços:


abertos rente às árvores, para a passagem dos cabos eléctricos da nova iluminação, nada a ver com esta morte prematura? Nós achamos que sim. Que estas valas não estarão isentas de culpas na morte deste Ulmeiro e de outras árvores do Jardim que se lhe seguirão.

Mas o Ulmeiro tem descendência:

Rui Pedro com um rebento do Ulmeiro (clicar na imagem para aumentar).

Com estes rebentos os antigos jardineiros faziam crescer novas árvores sem precisar de as adquirir nos viveiros nacionais ou estrangeiros.


segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Afinal ele tem razão!


Interrogado por um órgão da comunicação social sobre o que é que a Câmara pensava fazer face aos protestos dos utentes em relação ao pó que o piso do Jardim origina, o vereador José Sá Fernandes afirmou que dentro de poucos meses, após as primeiras chuvadas, esse problema ficaria resolvido per se.
Na verdade o Sr. Vereador tem toda a razão. Vejam só o que aconteceu à camada superficial do piso, após as fortes chuvadas dos últimos dias:

E tudo a chuva levou.

Reparem no piso entre as linhas vermelhas: perdeu a camada superficial, ficou careca.

A caldeira está a cheia, a deitar por fora, da 'areia' do piso.

...e a calçada também...
...e lá vai ela rua abaixo.

Ora se o nosso querido vereador estava tão seguro e certo do efeito que a chuva teria no piso podia ter-nos poupado a meses de pó. Bastava ter requerido aos bombeiros sapadores que com as suas potentes mangueiras se antecipassem à chuva e removessem toda essa camada superficial do piso.
E por favor, Sr. Vereador, quando, com o uso, a camada que agora ficou à superfície por sua vez se desagregar não espere pela chuva: peça aos bombeiros que tratem do assunto.

sábado, 9 de outubro de 2010

Acabou-se o pretexto.

O pretexto avançado pela CML para a destruição das duas áreas verdes existentes na praça do Príncipe Real, a poente do Jardim, foi o de permitir transpor a feira de agricultura biológica para essas áreas durante a intervenção no jardim.
A destruição desses dois espaços verdes não estava contemplada no projecto de 'requalificação' do jardim como se pode ver, p.ex, no croquis divulgado pela Câmara:

As duas áreas verdes a poente mantém-se, no projecto, verdes.
Na legenda, no canto inferior direito, lê-se : Feira biológica; Local provisório.

Acontece que a feira só ocupou uma das áreas, não se percebendo pois a razão da destruição da outra área. Acontece também que o vereador José Sá Fernandes, questionado em várias ocasiões sobre o assunto, referiu que o calcetamento realizado não era irreversível e que logo que a feira voltasse para a anterior localização a reposição dos espaços verdes seria repensada.
Nunca acreditamos nisso, até porque a verdadeira explicação do calcetamento dessas duas áreas verdes nos foi dada por uma responsável da Câmara: a Câmara não tem meios para manter as áreas verdes da cidade. Assim, logo que surge um pretexto, elimina-as.

A feira da agricultura biológica voltou desde Sábado passado para a sua localização inicial:



É então altura de perguntar ao sr. vereador José Sá Fernandes: quando é que se decidem a repor - a requalificar - os dois espaços verdes que tão lamentavelmente foram destruídos?

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Meia hora de chuva intensa.

Antes da 'requalificação' do jardim só havia um ponto crítico na drenagem das águas pluviais:

Aqui era o único ponto crítico, em termos de drenagem, antes da 'requalificação'

Agora não só se conservou esse ponto crítico como se multiplicaram por todo o jardim essas bolsas de água, como se pode observar pelas fotos que foram tiradas cerca de três horas depois da forte, mas de curta duração, chuvada que caiu por volta das 15h:





Como está agora o antigo ponto crítico.

Não restam dúvidas que também neste aspecto se pode e deve falar numa 'requalificação' do jardim.