Em Novembro de 2009, não foram só as árvores do Jardim França Borges que foram alvo de assalto. Também as últimas 18 laranjeiras da Praça de Alvalade foram retiradas, deixando a praça exposta à intempérie e sol. Não sobrou uma árvore. Nem antigas, nem novas. Nem uma. Eram lindas essas laranjeiras e embelezavam e ajudavam a proteger aquela praça e quem por lá passa.
Algumas destas laranjeiras foram trazidas para a Calçada da Patriarcal. Mas, assim como nas obras ainda em curso no Jardim França Borges se transplantou de forma incorrecta uma palmeira, levando à sua imediata morte e remoção, também no caso das laranjeiras o sucesso do transplante está a ser baixo. A verdade é que o transplante de uma árvore adulta e estabelecida deve ser evitado, e a fazer-se deve ser muito bem pensado e escrupulosamente executado. Não basta a vontade dos homens em movimentar árvores adultas de um lado para o outro como se de bonecos se tratassem para assegurar o sucesso do transplante.
Aqui estão as laranjeiras passados alguns meses: em sete, duas mortas, duas a definhar. 50% de mortalidade em meio ano. Quantas ainda estarão vivas passado o próximo Verão? E quantos dos lodãos plantados no Jardim chegarão à idade adulta? Receio que muitos, devido ao desrespeito pelas mais simples regras de arboricultura a que se viram sujeitos, não sobrevivam ao primeiro Estio, apesar de serem árvores muito resistentes. Espero estar enganado.
As laranjeiras de Alvalade levadas para a Calçada da Patriarcal em Dezembro de 2009.
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