quarta-feira, 23 de maio de 2018

Mais um abate; menos uma Árvore.

Depois das Robínias chegou agora a vez da última Ailanthus Altissima (vulgo árvore do céu, ailanto ou espanta lobos) existente no Príncipe Real, ser alvo da fúria dos abates que estão a deixar a cidade "à beira de um ataque de nervos". De facto esta árvore apareceu dia 21 marcada para abate:

Motivo: os do costume, estruturais. Que é "um exemplar com copa desequilibrado e muito decrépito, podendo entrar em rotura pela base":
De facto podas erradas e mal realizadas fizeram com que esta árvore apresente uma descompensação sobre o lado da rua, mas o facto é que ela já está assim há longos anos sem que se note qualquer aumento da sua inclinação. Dizem-nos que pode entrar em ruptura pela base, mas não pode qualquer árvore entrar em ruptura? E qual o teste realizado para credibilizar tão forte afirmação? Durante o vendaval de Dezembro passado, que derrubou a outra Altíssima existente na praça, ver aqui,  esta que agora querem abater por alegado perigo de ruptura pela base manteve-se bem erecta, portando-se lindamente. Não terá sido essa a prova mais apropriada para testar a resistência desta árvore?
Dizem-nos também que está muito decrépita, mas o facto é que está em plena floração como se pode apreciar pela seguinte imagem:

Por favor, senhores: não confundamos o aspecto, próprio destes exemplares, com decrepitude.
 Dizem que vai ser substituída por um Celtis australis (lódão) mas não dizem quando. O Jardim/Praça está cheio de árvores abatidas há longos anos à espera de serem substituídas. Só neste alinhamento oeste da praça se podem contar sete, 7, espaços vazios entre caldeiras e cepos de árvores abatidas.
E por favor: mais lódãos não! Não tansformem o que resta deste pobre jardim, que foi outrora um jardim romântico, numa plantação de lódãos.
E por que esperam, zelosos senhores, para retirarem o cadáver da pobre araucária que deixaram morrer à sede por pura incúria:

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