Nas últimas semanas, as antigas robínias que existiam à volta do lago têm dado novos sinais de vida, apesar de há muito terem sido prematuramente cortadas.
Canteiros à volta do lago central do jardim, com dezenas de rebentos de Robinia pseudoacacia, antes de terem sido arrancados pelos serviços de manutenção.
Como já aqui se escreveu, a Robinia pseudoacacia é uma espécie de árvore invasora cuja plantação está interdita - e bem - em Portugal. Ao cortar estas robínias a CML armou uma situação que agora precisará de muito acompanhamento para ser despoletada.
Isto porque não é possível - ou é muito difícil - eliminar o sistema radicular das antigas robínias. Uma vez cortado os troncos principais, estas raízes deixam de ter controladores e tentam tornar-se plantas independentes. Para isso enviam dezenas de rebentos aéreos, todos capazes de se tornar em novas plantas, mostrando o seu carácter invasor: corta-se uma, obtém-se dezenas.
A altura dos rebentos de Robinia pseudoacacia, alcançada em duas semanas, e o seu número ilustram bem a capacidade invasora desta espécie e mais do que justificam que seja proibida a sua plantação em Portugal, apesar de técnicos da CML terem afirmado publicamente que esta proibição era um erro.
Esta primeira remessa de rebentos já foi cortada pelos serviços de manutenção do jardim. E muito bem. Espero é que aprendam de uma vez por todas com a experiência - já que se recusaram a aceitar a ciência - que a robínia é de facto invasora e que quem duvidava do carácter invasor da robínia perceba porque é que a sua plantação é ilegal em Portugal.
Os custo de manutenção do jardim acabaram de aumentar. Vão ter que cortar muitos rebentos de robínia, espalhados no tempo. O melhor é aceitar-se de vez a lei e não se plantarem mais robínias em Lisboa, ou noutros locais.
Pois é, expulsam-nas pela porta e elas voltam pela janela.
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