terça-feira, 23 de novembro de 2010

Faz hoje um ano.

Na tarde do dia 23 de Novembro de 2009 fomos confrontados com o início do brutal e indiscriminado abate das árvores de alinhamento e de algumas outras no interior do Jardim do Príncipe Real.

Fotos de Leonor Areal

Fotos de Jorge Pinto.

Esses abates realizados no âmbito do projecto dito de requalificação do Jardim provocaram uma enorme onda de indignação nos residentes, utentes do jardim e cidadãos em geral por não se justificarem nem terem sido devidamente explicados e fundamentados.


JSF estava mal informado pelos seus serviços. No projecto datado de Jan. 2009 já se previa o abate de 62 árvores. A 'memória descritiva', também de Jan. 2009, descreve a vegetação arbórea como estando em bom estado geral.

Em poucas horas o gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa foi inundado de telefonemas e mensagens electrónicas protestando contra esses abates e exigindo a sua imediata suspensão.
Em poucos dias uma petição criada na Internet, na manhã de 24 de Novembro, recolheu mais de 2500 assinaturas.


 No Facebook, a causa "Nem Mais uma Árvore a Menos no Príncipe Real", criada também a 24 de Novembro recolheu mais de 4600 aderentes.
Causa no Facebook criada por Tiago Taron

Um terceiro movimento, criado sob o mote "Salvar o Jardim do Príncipe Real", suscitou a adesão de outros 1300 membros. O grupo 'Sétima Colina'  exigiu ser recebido pelo vereador JSF que se limitou a mostrar-lhes o croquis do folheto distribuído aos residentes quando lhe foi pedido para mostrar o projecto da 'requalificação'.

Também na blogoesfera e na Comunicação Social o abate de árvores do Jardim foi amplamente noticiado e alvo de uma forte crítica e rejeição*.
Estes movimentos deram origem, um pouco mais tarde, ao grupo que se auto-denominou 'Amigos do Príncipe Real', formado espontaneamente para promover a defesa do Jardim, conseguindo, através de diversas acções de sensibilização da população, orgãos da comunicação social, entidades oficiais com tutela sobre o jardim, etc., e apesar da enorme resistência da tutela camarária dos espaços verdes, preservar meia dúzia das  árvores  de alinhamento.

Um ano após o abate dessas árvores de alinhamento e de 10 outras no interior do jardim alguns dos malefícios desses abates estão à vista. Os tristes Lódãos plantados nos alinhamentos tardam a crescer e a atingir o porte das árvores abatidas.


Um dos tristes Lódãos. Foto tirada hoje.

As seis que se salvaram.

No interior do jardim das 5 árvores plantadas para substituir as 10 abatidas três estão mortas e uma quarta meio morta. Só uma das cinco é que aparenta boa saúde.

Das cinco árvores plantadas no interior só este Liquidambar é que está a vingar.

* Iremos nos dias seguintes republicar aqui alguns dos textos saídos na Blogoesfera e na Comunicação Social, nomeadamente os de Tiago Taron, Rui Pedro Lérias, Rosa Casimiro, Susana Neves,  Jorge Pinto e José Chamusco.

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