Porquês, chapéus, haverá muitos. Subjectivos: a panóplia de projectos de “restauro” sempre em carteira nos serviços; o potencial mercantil na madeira abatida, empreitadas de arranque e replante de especímenes; os condicionamentos técnicos infra-estruturais, etc. Objectivos: há raros especialistas em podas e demasiados empresários de “desmatações” -vide os desbastes em Monsanto em que à custa das limpezas periódicas necessárias às árvores corroídas por bactérias e fungos, a serra eléctrica rapa mais umas centenas de outras sãs; ou os ex-libris da E.N. Sintra -Colares que só não foram “tratados da saúde” porque houve quem alertasse para a estranheza daqueles plátanos terem sido marcados a encarnado.
Ora, para se acabar com “arboricídios” como o de há 3 anos no Cp. Pequeno, em que cerca de 150 plátanos foram abatidos, sob um manto “diáfano” de índole fitossanitária (atestado a posteriori) que ameaçava fazê-los cair sobre os transeuntes (suponho que todas de uma vez), ou o de há dias aos choupos do Príncipe Real; é bom que as autarquias substituam os Vasquinhos por pareceres escritos abalizados pré-abate, discriminados e sob debate junto da comunidade, sempre que queiram intervir de forma potencialmente intrusiva em jardins, parques ou fileiras de árvores de alinhamento. Conforme os casos, caberão esses pareceres à Autoridade Florestal Nacional e ao Instituto Nacional de Recursos Biológicos, respeitáveis organismos do Ministério da Agricultura, e ao Laboratório de Patologia Vegetal Veríssimo de Almeida, do Instituto Superior de Agronomia. Mas um debate que não seja “para inglês ver”, mesmo que a tentação seja a Lei da Rolha.
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